A TRISTE VERDADE
O chamdo Conselho de Finanças Públicas, organismo que não pode ser acusado de ser simpático para o governo, produziu mais um dos seus habituais relatórios. Espremendo a coisa, duas verdades se pode sublinhar: a) que a política orçamental do governo está certa e b) que vai ser preciso, pelo menos em 2016, mais austeridade.
Por outras palavras, venha o mais pintado descobrir a fórmula mágica para acabar com tal coisa. Nem Passos Coelho, nem Costa, nem Tripas, ninguém a poderá encontrar. A economia pode continuar, aos poucos, a crescer, o emprego, aos poucos, a aumentar, as poupanças privadas a florescer, as remessas do exterior a voltar, a malta a consumir... mas a austeridade é para continuar. What else?
Por outras palavras, teremos que mudar de vida ainda mais, os sete milhões que não pagam um tostão de impostos têm que passar a contribuir, a política fiscal/social que é brutalmente aplicada a uma parte minoritária da sociedade tem que cair sobre todos. Isto, é claro, se, por falta de dinheiro ou de iniciativa, continuar a não haver investimento, ideias, produção transaccionável, etc.. É o mais certo. Para quê os milhões do Draghi?
Não é preciso ser astrólogo para achar que dificilmente haverá volta a dar. As dívidas lá estão, as PPS’s lá estão, os abutres lá estão, enfim, tudo devidamente protegido por legiões de tribunais, de contratos malucos, de “direitos” adquiridos. Numa palavra, lá está bem firme toda a monumental obra do ruinoso socialismo socrapífio. O Estado social continuará a consumir loucuras, a malta a exigir ainda mais, sem cuidar do futuro de si mesma nem dos que aí vêm ou já cá estão.
Olhemos tal futuro com os olhos bem abertos. Esqueçamos a cegueira populista dos blocos, Pêésses & Cª, se quisermos gerir a nossa vidinha e ir buscar alguma esperança ao fundo do cerebelo.
20.3.15