A VITÓRIA DO MAL
O nosso bem-amado Guterres fez uma visita ao carniceiro da Rússia. Para consolo das inúmeras almas sensíveis que por aí abundam, o mui-ilustre político foi mendigar uns corredores humanitários que a experiência demonstra estar em ignorados confins das preocupações do visitado, não passando de conversa destinada ao seu imperial caixote do lixo.
Por cá, o PC, a chusma de idiotas que o ouvem e estimam, a mesnada dos comentadeiros que comem na manjedora intelectual da esquerda radical (e não só), a cáfila dos que aproveitam para condenar a civilização que os faz livres, devem ter ficado satisfeitíssimos.
E pronto. Em vez de reafirmar o parecer da esmagadora maioria dos países seus representados, que condena uma guerra sem perdão, justificação ou limites, em vez de denunciar cara-a-cara a indignação e a mais radical incompreensão e condenação da esmagadora maioria de que se diz porta-voz, Guterres ouviu e “compreendeu” as “razões” do canalha. Em vez de recusar a mesa de seis metros que, simbolicamente, separa a civilização da barbárie, sentou-se, humilde e atencioso, lá longe, onde o tirano o pôs.
Resultado? Nada. Ou pior. Nada que o déspota não tivesse planeado. Humilhou o visitante, obrigou-o a ouvir o que lhe quis dizer sem controvérsia que se visse, nada prometeu, e mandou-o embora com o rabo entre as pernas.
Uma visita inútil e, como tal, perniciosa. A carnificina, a destruição e a morte ganharam.
27.4.22