ACÇÃO!
Segundo dizia a dona Constança, “é tempo de acção, não de demissão”. Como é habitual nestas coisas da geringonça, passou-se tudo ao contrário. Houve demissão, não houve acção. Durante quatro meses andou a geringonça à espera de “relatórios” enquanto, no terreno, a acção era pouca ou nenhuma: bocas na televisão, beijos, abraços e pouco mais. Quase cinco meses passados sobre a desgraça de Pedrógão, veio o não eleito primeiro-ministro visitar, com hordas de jornalistas à perna, as primeiras casas em recuperação. De resto,nada, ou quase.
Numa coluninha da esquerda, um jornal deu-nos novas da Galiza. Menos de uma semana depois dos incêndios os trabalhos de reabilitação e reflorestação do terreno queimado começaram a ser feitos em 10.500 hectares dos 35.000 afectados que a Junta da Galiza considera prioritários. Outros se seguirão. Para estas primeiras impressões, três milhões de euros foram de imediato destinados. No próximo mês e meio trabalhar-se-á para evitar a erosão e humidificados os solos. Serão feitas drenagens e canalizações para água e construídas barreiras para prevenir derrocadas aquando das primeiras chuvas. A Junta está a colocar texteis de protecção para evitar a contaminação por cinzas em vivieros. Para cada primeira casa destruída a Junta põe à disposição até 100.000 euros e, para cada segunda casa, 40.000. Mais três mil para cada curral ou barraca agrícola.
Já ouviram falar, em Portugal, nalguma coisa parecida?
Por cá, é o que se sabe. Discussões, desresponsabilizaçõs, nomeações, teorias à fartazana. A água sacudida do capote da geringonça daria para apagar os fogos. É de aplaudir, não é?
26.10.17