AFINAL, QUAL É O PROBLEMA?
Anda meio mundo preocupado com a falta de habitação no país, em particular em Lisboa. Leis às dúzias, regulamemtos, perseguições fiscais, Medinas, Rosetas, Catarinas & companhia desdobram-se em iniciativas, há programas ditos sociais ao pontapé, instila-se na cabeça de cada um o tremendismo habitacional, a ganância de alguns e o sem abrigo de outros, os preços dos andares, os valores das rendas, coisa que parece mais da competência da Catarina Martins que da liberdade contratual das partes. Uma hecatombe nacional sem precedentes.
Acontece que a UE fez um inquérito, chamado eurobarómetro, onde se conclui que a habitação “é dos temas que menos preocupam os portugueses”. Só para 7% é o referido como importante, sendo a média europeia de 12%. O que mais os preocupa é a saúde e a segurança social, com 44% de opiniões.
No mesmo jornal onde li estas informações era publicado um artigo sobre o estado absolutamente desgraçado em que se encontram as habitações sob a tutela do Estado, ou das câmaras municipais.
Que quer isto dizer? Que as instâncias públicas têm as suas habitações ao abandono, ao mesmo tempo que andam a arranjar as mais rebuscadas formas de pôr às costas dos particulares a solução dos problemas que “identificaram”, pelos vistos sem dar cavaco a ninguém, a crer am “estudos”, ou sem ter hierarquizado o que mais aflige as cada um.
Há muitas maneiras de deitar areia aos olhos da malta, de arranjar culpados, de perseguir as pessoas. Não é o que está na base do “pensamento” socialista? É, e aí está o problema.
24.2.20