ASNOS
Hoje, o inacreditável Rio deu mais um ar da sua graça. Sabendo que a injecção de capital no Novo Banco é uma obrigação contratual do Estado, talvez asnática, talvez ruinosa, mas legitimamente assumida pela geringonça, devidamente assinada e aprovada em nome do país, alinha na demagogia populista e comunóide do Bloco, verga-se à vontade das esquerdoidas e vota “não pagamos”. Desta inteligente forma, mete o país numa camisa de onze varas, arrisca-nos a que, em vez de pagar o que nos comprometemos a pagar, venhamos a ser condenados a esportular muito mais milhões que os que teríamos que adiantar.
Compreende-se que o PSD faça a vida negra ao governo, um governo que o desprezou olimpicamente, que não merece ponta de apoio em coisa nenhuma, que está outra vez a condenar-nos a mais uma retumbante bancarrota. Uma coisa são as asneiras da geringonça, dos seus antecessores e dos seus continuadores - quer dizer, do PS - outra é a honra e os interesses do Estado, ainda que tais interesses venham, de longa data, a ser feridos por governos sem norte nem sul, nem projecto nem nada nem ninguém que se aproveite. O PSD podia, e devia, opor-se a tudo e mais alguma coisa, menos quando está em causa o prestígio e a credibilidade do Estado num assunto que, não sendo culpa do PSD, compromete o país sem apelo possível. A atitude agora tomada só está de acordo com uma coisa: a falta de tino de um lider asnático.
A triste conclusão é: Rio e Costa estão bem um para o outro. Em matéria de asneiras, venha o diabo e escollha.
26.11.20