ATRASO DE VIDA
Anda o governo muito atarefado com os “leilões solares”. Porquê? Porque os tais leilões - julgo que compras de direitos de instalar painéis - estão caros, o que, diz-se, põe em causa a viabilibade dos investimentos.
Não sei como se processam tais leilões. É que, se estão caros (entende-se, se estão caras as bases de licitação), basta não pôr lá os pés para que os preços baixem. A não ser que a regulamentação de tais leilões seja especial, como especiais têm sido os incentivos à produção de electricidade intermitente, a qual todos, de uma ou outra forma, pagamos com língua de palmo. E pagaremos ainda mais se se continuar nesta política. Não é só a guerra a causa do aumento dos preços, coisa que toda a gente sabe mas as “autoridades” escondem. O mesmo, ou parecido, poderá ser dito acerca das intermitentes eólicas.
Hoje é já público e notório, provado e comprovado (até a UE já deu por isso!), que a energia nuclear é a mais constante, fiável, segura e barata forma de produzir electricidade. Mas, enquanto os países civilizados (à excepção da Alemanha, com consequências catastróficas para ela e para todos nós), e muitos que o não são, aceleram os investimentos nesta área, Portugal há décadas se recusa, sequer, a estudar o assunto. Não estaria aí uma boa forma de, com os olhos no futuro, usar os milhões da “bazuca”?
É claro que, por cá, o atraso é endémico e parece não ter solução. O governo não tem a mais leve preocupação ou interesse no futuro, seja a médio ou a longo prazo. Só o imediato lhe interessa. A chusma de “ecologistas”, falsos como Judas, que por aí campeia (todos ou quase todos, assim ou assado, pendurados no orçamento), faria manifestações, artigos de jornal, campanhas nas redes sociais, etc.
O governo ficaria nas encolhas como faz com tudo o que possa chatear.
E nós, muito contentes, a pagar e a deixar o buracos para os netos dos netos.
2.10.220