AUGUSTO, O GRANDE
Aqui vai uma sentida homenagem a esse grande português que dá pelo nome de Augusto Santos Silva e é ministro não sei de quê. O distinto intelectual do PSC/PC/BE foi a Bruxelas e, como é natural para tal e tão alta figura de Portugal, da Europa e do globo terrestre, viajou confortavelmente em classe executiva. Muito bem.
Terá esquecido duas circunstâncias. A primeira, que havia uma norma, possivelmente vinda do governo ultrahipersuperliberal que antecedeu o do senhor Costa, que, à revelia do socialismo internacional, postulava que, em voos europeus, os membros do governo deviam viajar em classe turística. A segunda, que há, neste pobre e atrasado país, uma data de queixinhas, bufos, denunciantes, direitistas, protofascistas, que não deixariam passar sem uma palavra de ódio a augusta presença do grande Augusto num aéreo cadeirão.
Feita a denúncia por essa gentalha, e aparecida a coisa nos jornais, o grande homem veio declarar que custearia do seu bolso a diferença de preço entre a classe dos bilhetes de cão e a dos grandes sustentáculos do governo socio-comuna em vigor.
Homem com H grande, o Augusto, como é bom sublinhar, a quem uma norma estúpida e uma miserável intriga política - só comparável com as cabalas acerca do seu orago Pinto de Sousa - levaram a tão nobre retratação.
27.12.15