BANCOS
Nas muitas desgraças bancárias que nos têm acontecido, avultam os milhares de milhões dados à Caixa Geral de Depósitos, e os mais ou menos outros tantos entregues ao Novo Banco.
Mas há algumas diferenças.
No primeiro caso, o monumental buraco não teve responsáveis. Foi uma coisa “natural”. O banco é do Estado, o Estado terá feito “suprimentos”. Quem cavou o buraco? Ninguém sabe. Ou sabe-se, mas não interessa. O Estado é o Estado, os seus funcionários, tal com o governo, não são responsáveis por coisa nenhuma.
No caso do novo banco, os responsáveis estão a ser julgados e, caso raro, a procissão ainda vai no adro mas já há condenações. Ao contrário da CGD, a quem bastou apresentar a factura, neste caso houve negociações, criou-se um fundo ao qual se atribuiu um balúrdio, a ser entregue em prestações. A certa altura, o BE&Cª desataram aos gritos, nem mais um tostão para o NB! A coisa fez o seu caminho e anda tudo à cacetada. O NB quer o que lhe foi prometido no contrato subscrito com o Estado. O Banco de Portugal, ao serviço do Estado, não quer que se pague.
Eis a diferença. A um banco público o Estado paga, de mão beijada, e ninguém tem nada com isso. Aos privados, o Estado acha que não tem nada a pagar, depois de a tal se ter comprometido. É o esplendor da honestidade de esquerda.
Post scriptum: o IRRITADO não percebe nada de bancos. Quer saber de factos, não dos pormenores que por aí campeiam. E está preparado para todos os nomes que lhe queiram chamar.
7.6.22