BANCOS MAUS
Ele há coisas difíceis de perceber. Esta interminável história do Novo Banco, para além de entreter os deputados, o que acho muito bem, tem o efeito de obnubilar um caso parecido: o da CGD. Esta nobre instituição, enterrada até às orelhas, recebeu, de uma vezada, mais do que a soma das prestações que Novo Banco tem recebido às mijinhas. Jamais alguém se preocupou em saber se a CGD vendeu imparidades ou activos acima ou abaixo do seu valor contabilístico. Algum deputado, governante, jornalista ou comentador pôs tal em causa? Se pôs, esqueceu logo a seguir. Os causadores dos problemas do BES estão a contas com a justiça. Muito bem. Os que terão causado as perdas da CGD andam por aí na maior. Não se sabe quem são, ou foram, nem interessa saber.
No BES, as trafulhices foram a causa. Na CGD, foi “a crise”.
Por outras palavras, não há moralidade nem comem todos.
Oficial e parlamentarmente, a CGD está, e esteve, sempre bem, é de esquecer.
O que interessa é condenar o que é privado e fechar os olhos ao que é público. Assim manda o social-comunismo em vigor.
16.5.21