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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

BATER NO DEBATE

Para quem procurou ver o debate com a imparcialidade possível, é difícil aceitar o coro de “análises” que por aí se espraiam em quantidades industriais, a ver quem mais dá na cabeça de Passos Coelho e mais acha que Costa marcou pontos.

No que diz respeito ao esquema montado pelos cérebros das televisões  já as coisas parecem mais objectivas: se tirarmos os auto-elogios dos três “profissionais” de serviço, ainda nada li que os elogiasse, e ainda bem. Aquilo foi uma vergonha sem nome, para eles, para os chefes deles e para os media em geral, a revelar a indigência jornalística em que vegetam. Apostados em mostrar-se em vez de cooperar para que os outros dois o fizessem, ofereceram-nos o espectáculo deprimente da sua jactância e fome de antena.

Adiante.

Frente a frente estavam dois homens de características opostas. Um, conhecido por não fazer demagogia, por ter um estilo sóbrio, por viver a realidade, boa ou má, melhor ou pior, apostado em explicar-se no debate, sem que os “comandantes” o deixassem fazê-lo uma vez que fosse. Outro, muito mais o que se chama um “politicão”, apostado no ataque, a fazer lembrar os seus “deuses” – Soares e Pinto de Sousa -, para tal não hesitando na mentira descarada, na promessa sem fundamento nem viabilidade, na “boca” destrutiva, na insinuação infundada mas sonora, com o extremoso apoio do trio que, ao outro, ia cortando voz e as pernas.

Os tristemente célebres “números” do PS, como não haverá quem não tenha notado, não passam de suposições imaginativas, fundadas em variáveis inventadas, seguindo à risca o princípio que postula que “se a minha avó tivesse rodas…”. Mesmo assim, quando foi instado a dizer um ou outro “número” concreto, tendo tantos, fugiu com o rabo à seringa. Mas atacou, que é do que a malta - como os “moderadores” - mais gosta. Daí, a “vitória” que é atribuída a Costa pela acefalia dos comentadores. Ganhou, de facto, em promessas mirabolantes, em demagogia, em pugilismo verbal. De resto, ao rever o debate, ganhou em coisa nenhuma.

Posso, sem surpresa mas com tristeza q.b., perceber as reacções que por aí se esperneiam. Mas, que diabo, um bocadinho de senso que ultrapassasse e desse o ao trauliteirismo do Costa o seu real “valor”não faria mal a ninguém.

Baixar a TSU durante 3 anos, para exigir a sua reposição a seguir, mais que demagogia é aldrabismo militante.

Relançar o consumo para aumentar a produção é negar as evidências e viajar com a Alice, como se estivéssemos no país das maravilhas.

Descapitalizar a Segurança Social para relançar e proteger o nacional patobravismo “reabilitador”, é coisa de doidos.

Recusar qualquer hipótese de diálogo sobre a segurança social é traição a todos nós.

Repor de um momento para o outro os salários, as pensões, as prestações sociais e, ao mesmo tempo, baixar os impostos, é uma impossibilidade financeira e um erro de consequências catastróficas, além de uma mentira política desbragada e sem escrúpulos.

Pôr as culpas do memorando da troica nas costas do PSD ultrapassa todos os níveis da canalhice.

Culpar o PM por ir “além da troica” exibindo gráficos lagarderianos é pura banha da cobra. Não sabemos ao certo se Passos Coelho foi ou não além da troica, nem sabemos ao certo o que é isso de ir “além da troica” mas, se foi, pensem onde estaríamos a esta hora se não tivesse ido. Além disso, não sabemos ao certo quantos milhares de milhões de dívida o PS deixou debaixo do tapete, razão para que Passos Coelho não tenha podido cumprir o que tinha prometido em campanha. Mas isso não conta, não se reconhece. É indecente e desonesto que se não reconheça.

Em tirada paroquialista, Costa gaba-se dos seus feitos financeiros na CML, sem dizer quem para tal lhe deu o dinheiro (Passos Coelho!).

Enfim, o debate, ou a ausência dele por obra do terceto de “jornalistas”, foi o que foi: um confronto entre uma realidade honesta e um saco de promessas irrealizáveis, de mentiras descaradas, de tiradas ultramontanas.

Espera-se que os portugueses percebam o que se passou e sejam capazes de ir mais fundo que os comentadores, os jornalistas, os lelos e os marcelos da nossa praça.

 

11.9.15

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