BESTIALIDADES
Nunca me tinha passado pela cabeça tecer elogios ao tripeiro que é presidente da Câmara de Lisboa. Porquê? Porque o Medina vem direitinho do governo do 44, porque não gosto da carinha dele, porque é socialista, etc..
Mas vou fazê-lo.
Ontem, mal o PR tinha acabado o discurso, já se alinhavam nas TVs, sequiosos, os três da vida airada: Costa, Catarina e um tipo do PC cujo nome me escapa. Disseram as patacoadas que diriam fosse qual fosse o texto do tal discurso. Se o PR tivesse falado em alhos, diriam que estava de joelhos perante o governo. Se falasse em bogalhos era um subserviente. O mesmo se falasse de nêsperas. Do BE e do PC outra coisa não seria de esperar, a cassete é a cassete, e daí são incapazes de passar. Nem precisavam de ouvir o discurso. Já do Costa esperar-se-ia um bocadinho mais. No entanto, foi igulazinho, a mesma bestialidade, a mesmíssima arenga dos outros, a provar, mais uma vez, que não presta para nada nem sabe o que diz.
À noite, salvo erro numa sessão da SIC Notícias, o supracitado Medina deu uma lição de política e de bom senso ao chefe (dele) Costa. Criticou o que tinha a criticar, com inesperada elevação, elogiou o que tinha a elogiar sem complexos e sem a básica estupidez do outro. Muito bem.
É de esperar que, para nosso bem, se zanguem.
11.6.15