BOM SENSO, RECOMENDA-SE
Aqui há dias, o IRRITADO lamentou duas ou três patadas na poça que o governo não soube ou não quis evitar. É uma pena que contribua para um descrédito que não merece, mas conviria não insistir no disparate. Não se percebe porque há-de trazer à baila assuntos que não vêm a propósito, não interessam a ninguém, não são simpáticos nem valem um caracol. A tendência para a asneira em tais histórias põe aos gritos as alcateias de serviço, que jamais se cansarão de ribombar o que lhes vier à cabeça.
Nesta senda, a despropósito, Passos Coelho resolveu tecer loas a Dias Loureiro. Talvez lhe fique bem, não sei. O atingido, para além de guardar uns papéis no balde do autoclismo ou equivalente, de nada foi acusado, nem é arguido em processo nenhum, que eu saiba. Mas o julgamento popular, parece que mais com razão que sem ela, está feito. Dias Loureiro passou a personna non grata no anedotário nacional. Por isso, se não vinha a propósito criticá-lo, ainda menos vinha tecer-lhe loas. Vá lá saber-se porquê.
Bom senso é coisa que não costumava faltar a Passos Coelho. Mas, pelos vistos, tende a deixar de fazer parte da partitura…
6.5.15