CAMINHOS DO TOTAL
Quase a voltar à Mãe Pátria, vou vendo umas coisas do que por aí se passa. É de gritos. Sim, de gritos de revolta, de gritos de pena dela. Dela, quer dizer, dos seus cidadãos.
A luta do colectivismo contra a liberdade individual prossegue a um ritmo assustador. Sinal mais recente disso , a guerra das escolas, violento testemunho da progressiva marxizaçâo do país.
Nenhum dos defensores da chamada escola pública (sinal de feroz estatismo, não de preocupação com o ensino) se lembrou ainda de fazer uma simples conta, conta que levasse a saber qual o custo de um aluno numa escola pública e quanto custa o mesmo aluno numa escola contratada. Quem ouve a camarilha social-comunista do governo fica com a impressão de que a escola pública é de graça e as contratadas uma despesa insuportável para os contribuintes, um negócio lucrativo destinado a encher os bolsos a uma gentalha gananciosa e parasitária. Uma propaganda eficaz para os mais distraídos, ou para serventuários da CGTP e anexos.
O que os alcandorados ao poder não suportam é ver a liberdade de escolha dos cidadãos, é ver que tal liberdade, onde pode acontecer, resulta na escolha da escola privada, é ver que há professores que não precisam para nada do senhor Nogueira nem da sua tenebrosa organização, é ver que há quem se consiga organizar, funcionar, ensinar, sem precisar da escravidão e da indignidade dos contratos colectivos, é ver que há quem não "delegue" a sua vida e o seu futuro em quem não tem mandato para coisa nenhuma mas se considera dono e senhor de milhares.
Porque será que os que podem exercer a sua liberdade escolhem as escolas privadas? Porque não querem ver os seus filhos educados por grevistas e quejandos, sentados num lugar donde não podem ser apeados, gente que ninguém avalia, que por lá fica haja o que houver e se dedica à arruaça quando lhe tocam na fímbria das vestes.
Numa palavra, os pais que podem (no sentido de ter oportunidade, não dinheiro, para tal) escolhem a escola privada por que é melhor que a pública.
O Estado, se ainda fosse democrático, colocaria os seus meios ao serviço do ensino, do melhor ensino, público ou privado, dentro dos custos normais, sem descriminação outra que não fosse a da qualidade, ou seja, dos resultados. Mas não é isso o que move os adeptos da paranoia esquerdoide que se apoderou do poder entre nós e que só ficará satisfeita quando tudo for público, isto é, quando puder mandar em tudo, ter o poder total.
Ponde-vos a pau, ó gentes! O que está em causa é a vossa existência como seres pensantes e livres!
22.5.16