CARTA ABERTA
António Costa
Primeiro-Ministro de Portugal
Lisboa, 30 de Dezembro de 2015
Excelentíssimos Senhores investidores em geral, estrageiros em particular
Por sugestão de um dos meus mais gratos apoiantes, o blogger IRRITADO, venho dirigir-me a todos vós. Para tal – com a devida vénia – utilizarei uma minuta que por ele me foi enviada, sugerindo a comunicasse a todos vós. Assim:
Senhores investidores
Passado o infeliz tempo em que o governo do meu país praticava uma política a que chamava “diplomacia económica” e que, além disso, se achava no direito de querer atrair investimento, sou a apresentar-lhes o meu governo e as magníficas condições que, em tão pouco tempo no poder, conseguiu criar para atrair Vossas Excelências sem precisar de diplomacias económicas nem de lamúrias investideiras.
A partir da formação da minha coligação, passam VExas a lidar com um governo de credibilidade inatacável, como bem o demonstra o apoio que lhe é prestado por organizações democráticas da craveira do Partido Comunista Português, do seu alter ego conhecido por PEV, do Bloco de Esquerda e do Partido dos Animais, o mais animalesco da UE.
Em pouco tempo, já conseguimos pôr em causa a venda da TAP, contrato assinado em nome da República pelo horrível governo que me antecedeu, estando dispostos a tudo para acabar com tal coisa. Estamos em vias de pôr um ponto final nas concessões dos transportes, processo já muito adiantado mas que, como devem compreender, terá que acabar. Neste sentido, desde já reafirmamaos a nossa firme intenção de nada privatizar, bem como de rehaver o que privatizado já foi.
Cumprindo as nossas promessas eleitorais e as dos nossos nobres parceiros políticos, vamos aumentar os funcionários públicos , mas não os pensionistas, como é natural. Vamos mudar os escalões do IRS, reverter normas das leis do trabalho e recriar o imposto sucessório. Segundo as recomendações do nosso associado BE, vamos correr com o Costa do BdP e pôr o BCE em causa, não tendo medo do chamado isolacionismo.
Tudo isto, como devem compreender e aplaudir, tem por fim exponenciar os índices de confiança externa no nosso país. No mesmo sentido demos hoje instruções para não ser pago ao FMI o irresponsavelmente prometido pelos nossos antecessores. Seguindo as sensatas propostas dos nossos associados, a breve prazo iniciaremos o desmantelamento do assistencialismo e substituí-lo-emos por vultosos investimentos públicos. Da mesma forma, perseguiremos o ensino privado e pagaremos a educação a toda a gente sem excepção. Aliás, sublinho que o nosso sistema de ensino já começou a evoluir através da abolição dos exames, o que proporcionará qualificações de primeiríssima ordem a toda a gente.
Estamos, senhores investidores, no bom caminho. Esperamos, com legitimidade acrescida, a vossa confiança e a vossa escolha do nosso País para cooperar no desenvolvimentos das vossas actividades.
Com os melhores cumprimentos
António Costa
30.12.15