CATEGORICAMENTE!
O único membro da geringonça que teve a honra de ser considerado pelo comandante Costa como um activo importante, tinha graves defeitos pelos vistos desconhecidos no seio da agremiação.
Como toda a gente menos os geringonços há anos já tinha reparado, era parvo. Não fazia mal, uma vez que de parvo temos todos um pouco, até porque aturamos o PS & Sócios sem resistência que dê para correr com eles de uma vez por todas.
Adiante, pois. O pior é que o “activo importante” tinha, na douta mente, uma enorme dose daquilo que o grande guru Centeno tinha considerado, por exemplo no caso CGD, como tendência para “erros de percepção”. Erros a que o respeitável público usou chamar amor à mentira e ao bailarismo militante, eventualmente por recomendação ínsita no vademecum da tribo.
No caso do camarada Azeredo a coisa foi ainda mais longe. O homem não percebe português. Sabe ler, mas não compreende o que lê nem o que lhe dizem. Os tipos da PJM deram ao seu chefe de gabinete um papel onde descreviam, por palavras militares, a marosca que estavam a preparar. Não se sabe se o tal chefe de gabinete percebeu. Percebendo ou não, tratou de chutar para cima. Com tanto azar que o Azeredo, segundo confessa agora, não percebeu nada do que estava escrito ou lhe tinha sido dito. Uma chatice dos diabos. Coitado, não tendo percebido na altura resolveu declarar categoricamente que nunca lhe tinham dito nada, nem sabia de nenhum papel ou de fosse o que fosse. Compreende-se. Como não tinha percebido nada (é o que diz agora), nem sequer sabia ou se lembrava.
Há uma outra interpretação destes factos que não tem nada a ver com teorias da conspiração. Era patente que o chefe Costa, capataz da quinta, usava o Azeredo como espantalho. Enquanto o espantalho estivesse na seara não chateavam o capataz. Quando as coisas se tornaram mais feias, e com enorme sacrifício pessoal, teve que mandar queimar o espantalho. E lá ficou ele, o capataz, à pega, agora com a seara a ser invadida pela passarada e o redil pasto da alcateia. Recorreu ao patrão, que se tem desdobrado, todos os dias, em salvíficas coberturas verbais. Um bom patrão, imagine-se, a defender o pessoal. Nem um nem outro sabem ou jamais souberam o que quer que seja sobre o assunto. Categoricamente!
Algo me diz que, em boa harmonia, o capataz se vai livrar de mais esta, quem sabe aspergindo uns tostões para adubo do eleitorado. Categoricamente.
27.10.18