CAUPERS, OS CENSORES E A TRISTEZA
Como a contece a muitos milhões de portugueses, quase todos, não sou fascista, nem homofóbico, nem nem racista, nem de nenhuma espécie de extrema-direita (ou esquerda), nem de uma série de outras coisas habitualmente brandidas pela intolerância totalitária que inspira a “moral” dos que estão “a dar” e a generalidade daquilo a que, em Portugal, se chama jornalismo.
Posto isto, vejamos: o Presidente do Tribunal Constitucional, professor de direito justamente considerado ilustre, escreveu, em tempos não muito recuados, que não estava de acordo com o “lobby gay”, que rejeitava “a promoção” das “ideias homossexuais”, que, “enquanto membro da maioria heterossexual e respeitando os homossexuais, não estava “disponível para ser tolerado” por eles, que discordava de cartazes da CML “promovendo a homossexualidade” (cartazes onde se lia “se a tua mão fosse lésbica, mudava alguma coisa?"), que não concordava com as barrigas de aluguer porque tal prática “é violadora da dignidade da pessoa humana” e que "diga o Direito o que disser, a concepção de uma criança sem pai é tão absurda como a de uma criança sem mãe”.
Como é evidente, estas opiniões, prontamente veiculadas - diga-se denunciadas - pela “comunicação social”, causaram a tempestade mediática o o “alarme social” que a nova “moral republicana” impõe. Será que uma pessoa tem o direito a ter opiniões destas? Não tem. A opinião não é livre, tem “limites”! Tais opiniões ofendem a Constituição, pelo menos na opinião do BE, do PAN, da dona Isabel, do jornalismo mentecapto e para-totalitário que por aí viceja e da “verdade” oficial.
O IRRITADO declara a sua concordância com a generalidade das opiniões do juiz Caupers.
De caminho, lamenta as cedências do ilustre senhor à opinião dos bedéis da censura. No fundo, claudica lamentavelmente. Sem se negar por completo, claudica na mesma. Uma tristeza.
19.2.21