CENTENO, O PRESIDENCIÁVEL
Reza quem faz contas que o nosso inacreditável homem tido por ministro das finanças já se ofereceu pelo menos cinco vezes para o cargo de presidente do eurogrupo. O facto tem a grande vantagem de, perante tão grande e tão absurda ambição, poder vir a levantar resistências entre aqueles que virão a decidir e que, pelo menos em princípio, não estarão para aturar galarós. É que, apesar de tudo o que se sabe e não sabe, ainda há, entre os governos do euro, quem tenha algum juízo.
Mas o homem não se cala. A cada esquina, a cada propósito ou despropósito, vai dizendo que quer o lugarzinho. O chamado primeiro ministro embarca a cada oportunidade, sem dar pelo ridículo em que nos mete.
Entretanto, cá na santa terrinha, continua a trafulhice habitual. Depois das contas duvidosas do défice, do aumento da dívida para números nunca vistos (250.000.000.000 de euros – dois dígitos mais dez zeros à direita!), do crédito às empresas a minguar (o mais baixo desde que há números – há 14 anos) e a disparar para as compras de andares e correlativos, numa relação de assustadora, a anunciar mais bolha, mais imparidades, etc., vem o Tribunal de Contas denunciar a imaginativa contabilidade pública do fulano – três entidades debaixo do tapete, mais quinze que nem contas apresentam! Não se conhece o montante destas sujeiras, mas, a avaliar pelos hábitos tradicionais do PS, é legítimo pensar que será pelo menos astronómico.
E é o artista responsável por tudo isto e muito mais (se é que há, na geringonça, alguém responsável seja pelo que for) quem quer ser presidente do eurogrupo!
Valha-nos santa Pafúncia!
12.8.17