CICLOPARVOÍCE
O Fernandes (José Sá), indivíduo conhecido pelos seus intintos pidescos, que já custou aos lisboetas umas centenas de milhão - e muito mais vai custar – em atrasos, idemnizações, prejuízos comerciais, etc., aparece agora, pletórico de sentimentos urbanoides, a anunciar a aquisição de 1.410 bicicletas municipais. Bonito. Acrescente-se que tais maquinetas vão custar, está decidido, a módica quantia de 16.300 euros cada uma, isto é, uns míseros 23.000.000 no total.
Entretanto, o mesmo depredador municipal, com o doce apoio e sob a distinta direcção do Medina, propõe-se dotar a cidade de 150 quilómetros de “ciclovias” destinadas - quais auto estradas do Sócrates - a ser frequentadas por 10 bicicletas por semana, ou coisa que o valha. Tudo à custa da circulação das pessoas normais, do estacionamento e de outras utilizações menos “ecológicas” do espaço público. Entretanto, os transportes públicos são um mar de problemas e de mau serviço, os passeios fedem de porcaria, as sargetas continuam entupidas à espera do inverno, a calçada portuguesa está no estado que todos sabem, etc.
Mas alegrem-se. O separador central da Avenida da República foi alargado(!), com sacrifício das faixas de rodagem e, imagine-se, foi relvado! Nas laterais, as ciclovias roubarão mais espaço, desta vez tanto à circulação como aos peões.
E assim por diante, um mar de asneiras e de atentados aos interesses das pessoas. O socialismo eco-parvo na sua mais alta expressão.
30.9.16