CIDADÃO DISTO?
Não me causa grande impressão que o indecoroso Sócrates continue a ter admiradores, adeptos e crentes, alguns até, como o tipo do beicinho pendurado, seu chavalier servant durante tantos anos, com assento semanal na televisão. Não me impressiona que haja taralhocos que organizem almoços de apoio. Não há, na história da humanidade, canalha algum que não tenha tido adeptos. Estaline, Hitler, Gengis Khan, Al Capone, Alves dos Reis, Silva Pais, por exemplo, também os tiveram e ainda têm.
Mas fico pelo menos aterrorizado quando vejo que - mesmo sabendo-se o que já se sabe (nada a ver com o o processo Marquês), uma semana depois do repugnante estrebuchar das suas antigas hostes e actuais detentoras do poder - a populariedade do Sócrates número dois e actual líder da hedionda coligação que nos governa se mantenha no azul, isto é, que tenha descido só uns míseros 0,7%.
Sondagens são sondagens, as mais delas compradas, dizem as más línguas. Uma ténue esperança me diz que assim será. O mais provável, porém, é que Costa e o seu clube de socrélfios se mantenha com quase intocado prestígio.
Será que o meu país, o meu povo, a minha terra, perdeu o tino? Será que há muito quem ainda não tenha percebido ou não tenha interiorizado a que gente está entregue, e daí não tire conclusões e consequências?
Não, não é possível. Ou é? As sondagens estão erradas. Ou não? O povo endoideceu? A lavagem ao cérebro funcionou para além de toda a lógica? Não sei.
Lembro-me da história do lorde inglês que foi entregar o passaporte ao speaker, alegando que não queria continuar britânico porque tinha medo que a homossexualidade passasse a ser obrigatória. E eu, se esta gente não for corrida depressa e uma vez por todas, a quem vou entregar o cartão do cidadão?
12.5.18