COLETES À PORTUGUESA
Apesar da gigantesca propaganda que os media
(palavra latina, meios em português, mídia em analfabeto, analfabruto, brasileiresco, etc. )
fizeram à coisa, com “análises”, entrevistas, inverdades e patacoadas, as manifestações ditas dos coletes amarelos
(vestimentas usadas para mudar pneus e para fardar os “ministros” em jornadas “mediáticas”)
foram o mijarete que se viu.
Deram, além disso, lugar a inúmeras e inteligentíssimas intervenções de diversas e gradas figuras da praça política, das inanidades da dona Cristas (descontentamento popular) às acusações da dona Martins (tudo fascistas, extrema direita, perigosíssimos vândalos).
Têm desculpa: o que a coisa ia dar ninguém sabia, mas sabia-se que garantia tempo de antena aos que o não têm (a senhora do CDS) e aos que o têm às carradas, como a bloquista criatura.
No caso desta, haverá que deixar uma pergunta. Será que os coletes de punho erguido e boina do Guevara são de extrema direita? Terão mudado de sinais exteriores de estupidez? Eu sei que também lá estava um taradinho nacionalista radical, um tal Coelho, com dois ou três mânfios de bandeira da República às costas. Mas a extrema direita que faz vibrar a dona Catarina, terrível ameaça!, simplesmente não faz parte das flores do nosso jardim. Há para aí uns tipos que andam de moto (mota, em analfabeto) e gostam de porrada, e é quase tudo. Mas, assim como a PIDE gostava dos comunistas sob pena de não ter nada que fazer, o que estes pagavam na mesma moeda, a dona Catarina, sem fascistas no horizonte, coitada, fica descalça.
Quem muito deverá ter gozado com os coletes foi o Jerónimo, o Arménio e o Nogueira, entre outros. É que, nisto de manifestações, eles é que sabem, organizam, comandam, enquadram, fazem as coisas com profissionalismo e eficácia, têm regimentos devidamente instruídos, campos de treino, gente com quem vão à bola, autocarros, croquetes, etc.. Ficou demonstrado que não há Catarinas que lhes cheguem aos calcanhares, por muito que se metam ao barulho, como na história dos estivadores e noutras em que usam meter-se de calçadeira.
Enfim, uma jornada para esquecer. Outras virão, mas mais benfeitinhas, que isto não é para amadores.
23.12.18