CONTAS COSTOCRÁTICAS
O camarada Costa é um ás a fazer contas. Diz ele que baixou a dívida da CML. Esquece-se de alguns pequenos detalhes. Por exemplo , os 350 milhões que empochou com os terrenos do aeroporto. Por exemplo, as várias centenas de milhões que vai ter que pagar ao Névoa e que andam pelos tribunais: já teve que pagar uma data deles, mas o que fica no fim da monumental estupidez que ele e os seus (Sampaio e Fernandes à cabeça) criaram na história do Parque Mayer/Entrecampos, com “boa” ou “má” sentença, mede-se sempre por seis dígitos que, como é óbvio, não estão contabilizados. Esquece-se de muito mais coisas de que talvez fosse útil falar, mas, só com nestes exemplos, é possível imaginar onde iriam parar os 40% que diz ter baixado ao défice. Aliás, o respeito pelos números leva-o a pôr nos píncaros um dos mais sinistros fautores oficiais de prejuízos, o ilhéu César, actual prresidente da agremiação e e useiro produtor de ignaras bocas.
Lá em casa, é o que se sabe. O camarada está enterrado num buraco de milhões (onze) e anda de mão estendida aos bancos, ó tio ó tio, a “reestruturar” a desgraça. Não tem dinheiro para a campanha eleitoral, o que quer dizer que a “reestruturação” será óptima para cavar mais um simpático buraco. Fora do Largo do Rato, é o que se sabe. Nas sucursais, já não se reune à noite porque não há luz, não se faz xixi porque cortaram a água, há encontros ao ar livre porque o senhorio, possuído de falta de solidariedade socialista, correu com o pessoal. Ah! Já me esquecia, o Costa quer sacar 5 milhões de IVA , mais 3,6 da “subvenção autárquica”. Não sei o que será isto, mas mais nenhum partido acha que seja devido, o que é sintomático. Conclusão: o Costa quer à força mais dinheiro do Estado, depois de se ter arruinadao com “eleições para primeiro-ministro”, congressos e outras maluquices totalmente desnecessárias. E vem gabar-se de boas contas!
No auge do propagandismo, o, camarada, aos 40% que “abateu” à dívida da câmara, contrapõe os 18% que o governo terá somado à do Estado. Não conta com os 70.000.000.000 - fora o resto - que,à conta do governo de que era nº2, portanto tão responsável por eles como o 44 , foi preciso ir buscar. A “consciência política”e a “moral republicana” a funcionar, isto é, a sacudir a água do capote. É assim que funciona o aforismo que viria a usar à noitinha: “palavra dada é palavra honrada”. ‘tá-se mesmo a ver, não ‘tá-se?
A crise interna, porém, não impede o Costa de alugar um combóio para levar umas centenas de camaradas ao Porto. Que diabo, era preciso encher o comício, apesar de - uma chatice - não haver um pèzinho para lá meter o Nóvoa. Chegados a São Bento, os comboieiros formaram bicha para marchar até ao recinto do espectáculo. Como a coisa estava fraca, ao chegar aos Aliados, o Costa desapareceu. Deve ter concluído que o reduzido número de pedestres não era digno da sua augusta presença. Conclusão: deu à sola.
Tudo muito bonito.
20.4.15