CORTAR O MAL PELA RAIZ
Segundo parece, hoje, pela 399ª vez, não houve acordo com a Grécia. Parece também que não virá a haver.
E depois? As opiniões dividem-se. De um ponto de vista económico e financeiro, há quem ache que a saída da Grécia do euro será uma hecatombe generalizada, o fim do euro, o princípio do fim da UE. Outros dizem que não será tão mau como isso. Todos concordam que, do lado geo-estratégico, será um berbicacho de todo o tamanho.
Ceda-se ou não se ceda à chantagem dos esquerdistas gregos, o problema manter-se-á. É que, se houver, agora, acordo, o problema será empurrado com a barriga, uma vez que está provado que, se a Grécia, com governos moderados, nunca foi fiel a acordo algum, asinda menos o será com o Syriza. A chantagem, desta vez, poderá dar resultado, mas, dentro de seis meses, é garantido que tudo voltará à estaca zero.
Se os “programas troiquistas” têm graves defeitos, também têm tido as suas virtudes, pelo menos na Irlanda, em Espanha e em Portugal. Onde jamais seja que programa for dará bom resultado será num país dominado por comunistas ou proto-comunistas. A verdade é que não há, à face da terra, um só caso em que as receitas deste tipo de gente tenha contribuído para a felicidade seja de quem for.
Por isso, a grande questão é esta: vale a pena cortar, já!, o mal pela raiz, ou será melhor, ainda que muito mais caro, cortá-lo mais tarde?
18.6.15