CRITÉRIOS EDITORIAIS
Talvez eu esteja a ter mais um pesadelo, ou esteja a faltar à verdade, ou outra coisa qualquer. Mas... ontem à noite, regressado de um merecido fim de semana longe da “informação”, sentei-me a ver o balsemónico canal. Como é natural, as notícias da campanha eram muitas. Vi e ouvi a Catarina a lançar a escada ao salvador PS, vi o tipo do PC, o Ventura, o Tavares, o da IL, etc., todos contemplados com os seus tempos de antena. O Costa, esse, além do dos outros, teve direito a um interminável discurso perante as delirantes massas. Fiquei à espera do Rio. Népias, nem um segundo, uma referência, nada. Ou Rio foi saneado à moda do PREC, ou meteu férias, ou eu estava a dormir.
Não sei, ou sei demais, ao que isto se refere. No dia em em que a Catarina se abre a novas geringonciais aventuras, em que o Costa, braços abertos, lhe dá as boas-vindas ao clube, o Rio desaparece das notícias. Estará ainda a deitar sangue do nariz? Parece que não. Terá apanhado o covide? Também não. Eu é que devo ser burro, não percebo que se trata de “critérios editoriais”. Os mesmos que fizeram, por exemplo, desaparecer o fim dos atentados à liberdade no Reino Unido e deram largas às medidas dos chineses e da rapariga da Nova Zelândia. Notícias são as que convêm, ou às eleições, ou à manutenção do medo, ou a outras coisas pelas quais muitas vezes nem damos conta.
Enfim, é o mundo dito democrático em que estamos metidos.
24.1.22