CULPADA!
Em recuados tempos, quando a dona Maria de Lurdes era ministra, o IRRITADO, não fora o pecaminoso facto Da senhora fazer parte de um governo comandado pelo repugnante Pinto de Sousa, até teria tido por ela alguma consideração, mais que não fosse pela guerra que o falso professor/xarroco/PC/bigodes-de-Sadam lhe movia.
Quando o senhor Pinto de Sousa teve o ataque de cobardia que é próprio dos pantomineiros “afirmativos”, dona Maria foi recambiada para as douradas paragens da Fundação Luso-Americana, a fim de não chatear mais o temível saloio. Mais ou menos nessa altura, parece que houve uns tipos que meteram nos jornais um rebuçado “mediático”: teria ela contratado um camarada, irmão propriamente dito e não propriamente dito de outro camarada, para trabalho jurídico de monta, pelo menos de monta pelo montante envolvido. O homem não fez trabalho nenhum, nem de monta nem sem ser de monta, mas montou-se no governamental estipêndio, e não largou a montada.
A coisa passou os habituais anos na merecida sesta da jurisdicional pasmaceira, até que… dona Maria se viu condenada a três anos e meio de prisão. Pena suspensa, como é das NEP’s.
Queixa-se agora de “perseguição política”. E como o antigo chefe, apesar de recuperado pelo “serviço público” de televisão, já não puxa tantos cordelinhos como puxava no seu ominoso tempo, não haverá quem corrobore a sua opinião. O passarão que inventou o argumento – com tanto sucesso à época – continua a envenenar o pagode e a ser pago por isso, pelo menos em termos de “imagem”, sem que nada se tenha passado. Era tudo “perseguição política”.
Também já lá não está o conhecido Nascimento nem o outro (parece que Pinto qualquer coisa) para dar a volta às coisas.
Dona Maria, pobre dela, está abandonada. Esperneia como a camarada que queria ser comissária e que nem teve oportunidade para levar com os pés. De pouco ou nada lhe valerá.
Já não há poder político que a proteja, como não houve para o Isaltino e não devia haver para ninguém.
Atenção aos próximos capítulos.
15.9.14
António Borges de Carvalho