DA DERROCADA
Por todo o lado se desmorona o Estado a que o PS levou o país. É certo que ainda falta o último acto da tragédia, a bancarrota, mas lá chegaremos, de uma forma ou de outra. É o futuro previsível.
Para já, é a derrocada da saúde, dos transportes, da educação, dos aeroportos, dos salários, da “descentralização”, num nunca acabar de incompetência, de esquecimentos, de palavreado, de soluções que virão um dia se.
São leis e mais leis que não se podem cumprir porque ninguém as regulamentou, dando aos burocratas o gozo supremo de dizer não a quem julga que as leis existem. É a bazuca que anda de mão em mão, cada caso dependente de quarenta pareceres e de trinta instâncias, entidades, reguladores, repartições, estudos e mais o que ocorrer a “quem de direito”. São as grávidas sem médico a correr de hospital em hospital, o sistema público de saúde odeia o que funciona, sacrifica as pessoas a ditames ideológicos que nada têm a ver com elas, as cirurgias no tinteiro, as consultas espera aí. Os aeroportos num caos, por causa da morte de um homem (questão para os tribunais, se é que os há), o governo, em vez de pôr o SEF a funcionar, quer acabar com ele, a confusão é total, a luta dos SEFs com os PSPs e os GNRs, uma desgraça ridícula, uma monumental bordoada no turismo.
A lista é interminável, não vale a pena ir mais longe porque onde se vá é a mesma coisa.
Dizia-se do Brasil que era “o país do futuro “. Como o futuro ainda não chegou, nunca mais o Brasil lá chega. Conosco é mais ou menos o mesmo, vivemos num mar de intenções, num pântano de promessas falsas, numa fossa de declarações vazias.
O Presidente entretem-nos com o orgulho da Pátria, do esplendor de Portugal e dos elogios ao governo. Deste não vale a pena falar. É do PS, e está tudo dito. O Parlamento anda entretido com a eutanásia em vez de denunciar o que se passa.
E o povo? O povo anda embriagado com eco-balelas e asneiras várias. Não quer o petróleo nem a quarenta quilómetros da costa, não quer o lítio, que faz pó, não quer o gás, que faz buracos, o nuclear nem pensar, foi o que o Sócrates mandou. O povo assiste a ver o seu dinheiro drenado em “energias renováveis”, em nome do tal “futuro”, e acha muito bem. Há alguns que perceberam que o remédio é emigrar para uma país que funcione. Há os que vivem de biscates, do desemprego, dos subsídios do Estado, tudo somado chega, trabalhar faz calos. Não há quem queira trabalhar, e percebe-se.
Entretanto, as “elites” debatem-se em debates, conferências, estatísticas, dados, tudo o que não implique responsabilidades. As excepões, se as há, confirmam a regra.
Enfim, chegou o Verão. Umas sardinhas, umas marchas, uns bronzes, melancias fresquinhas, boa fruta, uns festivais. Depois, há-de vir o futebol. Sejamos felizes, ou estúpidos, que é mais ou menos o mesmo.
14.6.22