DA DESGRAÇA NACIONAL
Em plena pandemia, os senhores deputados cedem à agenda do BE e viabilizam a eutanásia. Pletóricos de entusiasmo, enquanto o país sossobra na ruína económica, no falhanço sanitário e na estupidez galopante, dão prioridade a mais umas mortezinhas devidamente programadas. Não se sabe o que fará o senhor de Belém com a sua legitimidade reforçada mas com a obediência cega ao status quo que desde sempre o informa e inspira.
Mais. Os senhores deputados descobriram uma nova forma de ridicularizar a democracia: vacinas aos molhos para todos, para alguns, para dois ou três,para o diabo que os carregue, mais uma entretenha, o restaurante a funcionar, nada de lancheiras, comamos, tudo comandado pelo ínclito matacão Ferro.
Mais. O chefe(?) da oposição repete a habitual folhinha numa entrevista em que reafirma que é chefe de coisa nenhuma, diz que não tem ideia nenhuma, que o melhor é deixar correr a ditadura social-comunista, em nome, é claro, do “interesse nacional”. Cabeça vazia, sem estratégia, sem denunciar o que se passa, a dizer que, se fosse PM, se limitaria a demitir a ministra da justiça, ficando, implicitamente, muito contente com o exemplar comportamento do tipo das polícias e com as brilhantes políticas do saloio da educação, para só citar dois.
Mais. À direita, as tropas do Xicão desertam aos magotes, o general Ventura, sem coronéis, sem capitães, com umas dúzias de furrieis e taratas, esperneia a gritaria do costume, o que cala fundo em muita gente mas que, assim, não tem futuro. A IL tem boas ideias e razões mas não tem tropa que se veja.
Mais. À esquerda, temos as esquerdoidas, os muchachinhos e o careca, o bronco Pedro Nuno, a feroz Gomes e o obsoleto PC. A tropa do socialismo “real” – da ruína total - à espreita.
Mais. O pior de tudo, o mais grave, o mais desolador, o mais desesperante: se houver eleições, o Maduro, perdão, o Costa, é muito capaz de as ganhar com maioria absoluta. A não ser que a bancarrota, com bazuca ou sem ela, acorde o pessoal. Mas o pessoal, amodorrado, dominado, acrítico, desistente, não reagirá. Verdade é que mesmo que o queira, qual é a alternativa?
2.2.21