DA DIRECTORA DO “Público”
Há quatro anos que dona Manuela, pelo menos uma vez por semana, desanca a Coligação com uma ferocidade inadmissível, tendo em conta que é membro do PSD e que, se foi alguma coisa na vida, ao PSD o deve.
Nunca, que se saiba, a inacreditável directora do “Público” teceu qualquer consideração sobre as fúrias da senhora. Mas, no dia seguinte à sua indignada manifestação de repúdio pelas manobras do Costa, lá vem a mulher zurzir dona Manuela, a quem acusa de “alarmismo irresponsável”.
Disse dona Manuela que o que se está a passar é “um golpe de Estado”. Também acho. Meter no governo, sem razão eleitoral que se veja, bem pelo contrário, dois partidos revolucionários que, sem rebuço ou vergonha, põem em causa todas as instituições, nacionais e internacionais que regulam anossa vida política, é, evidentemente, um golpe de Estado, não um excesso de linguagem.
E estar alarmado é um direito, pelo menos enquanto os amigos da directora do “Público” não estiverem no poder.
Ó Belmiro, Belmirinho, vê se a pões com dono a tua directora!
17.10.15