DA EXTINÇÃO DO SOCRETISMO
O famoso jurista Correia de Campos, antigo ministro da saúde dos ominosos governos do camarada 44 e actual comentadeiro com assento no jornal socialista chamado “Público”, talvez recordando os seus tempos de chefe da nacional medicina, veio passar douta certidão de óbito aos “socratistas”, que considera “extintos”.
Veja-se o alto critério de Sua Excelência. No momento em que toda a cáfila do socretinismo regressa ao poder na agremiação e volta a ter fundadas esperanças de poder, este intelectual declara-a acabada. No momento em que o novo generalíssimo da coisa, à boa maneira do socretinismo, informa os indígenas das suas intenções de meter uns milhõezinhos debaixo do tapete, de pagar a dívida de forma “imaginativa”, dominando a “Europa”, a Merkel, o Draghi e os credores em geral e de voltar à loucura das obras públicas, o inteligente Correia de Campos acha, ou conclui, que tal gente está “extinta”, que tais ideias também, que tal mentalidade acabou. É de estalo.
Compreende-se a sanha do senhor em acalmar as massas desconfiadas. Os socratistas voltaram ao de cima? Que ideia! Se estão extintos, como podem voltar ao de cima ou seja onde for? Nem pensar. Dizer tal coisa é obra da imaginação da direita, quem sabe se uma das costumeiras cabalas.
Bem vistas as coisas, o homem está borradinho de medo. Percebendo o quanto pode prejudicar o PS a convicção generalizada de que, em ideias e pessoas, o Costa, não conseguindo parir nada de novo ou de diferente nem tendo outra gente a quem se agarrar, está a ressuscitar a desgraça socretina no seu máximo esplendor, o Campos adopta a tese da “extinção”.
Bem visto quanto estúpido.
10.12.14
António Borges de Carvalho