DA HONESTIDADE AQUÍCOLA
O senhor Rio, alardeando a sua suposta honestidade, quer tirar o direito de voto aos militantes que não têm as quotas em dia.
As coisas não são bem assim. Perguntar-se-á porque raio não se lembrou disso quando foi eleito contra Santana Lopes. A resposta é simples: fez as contas e chegou à conclusão que, ao tempo, os votos dos devedorres lhe convinham; agora, terá concluído que lhe convinha o contrário. Santa honestidade! A mesma honestidade que o leva a dizer que até gostava que os simpatizantes também votassem. Ou seja, ele preferiria que votasse quem nunca pagou cotas nem se filiou, mas, como não está nos estatutos... paciência. Tanta honestidade é coisa de assombro.
Até a tirania fiscal em que vivemos não coarta os direitos políticos a quem deve ao fisco. São coisas diferentes, uma é o fisco fazer o que lhe apetece para cobrar as dívidas, outra é anular tais direitos. Mas a honestidade à moda de Rio vai muito para além disso. Se queres votar, paga! Não faz o que devia para cobrar o que lhe devem, antes arranja uma catraca imoral, ilegal, criminosa, para encolher os cadernos eleitorais! É o voto censitário que a honestidade à moda de Rio exige.
Não sei nem me interessa o que se passou no conselho nacional do PSD. Mesmo que o voto à moda de Rio não tenha passado, fica a atitude. Chega.
9.11.19