DA ORDINARICE SOCIALISTA
Titula o jornal ultra socialista “Público”: Costa responde a Seguro dizendo que não dá réplica nem faz ataques pessoais.
É de perguntar o que é que ele anda a fazer senão ataques pessoais. Então, a sua candidatura não é, em exclusivo, um ataque pessoal? Que partido é este em que basta um tipo declarar “sai daí que eu quero o teu lugar”, para pôr tudo em polvorosa?
Formalmente, quem é Costa? Um militante. Tem mais “imprensa”que o outro? Tem. Tem mais paleio? Tem. E mais quê? Nada. Donde se conclui que basta um tipo ter mais imprensa e mais paleio para ter o “direito” de pôr em causa o legítimo mandato de terceiros? Parece que sim. Daqui se conclui que qualquer um que tenha essas duas qualidades pode “legitimamente” apear o outro? Com certeza. Donde, é de fazer um apelo a todos o militantes da organização: ponham tudo em causa, candidatem-se!
O Costa deve ter aprendido com o Sampaio. Não gosto deste? Zás!
Será que o IRRITADO não tem razão? Tem. Aliás, na oratória em que se inclui a declaração que fez o título acima ficou bem claro que não há qualquer substância que marque diferenças entre Costa e o Oco. Diz ele: “o PS precisa é de se centrar nos portugueses e em Portugal”. Uma originalidade que podia ser subscrita pelo amigo banana. O homem está “só preocupado com o que as pessoas pensam do PS”. É a sua única preocupação. Desta vez, nem La Palice subscreveria, dada a estupidez implícita. As pessoas “pedem é que o PS corresponda ao apelo que foi dirigido”. Qual apelo? O pretendente não quer “entrar em polémicas que não engrandecem o PS”. Então não foi ele quem criou toda a polémica?
Ao IRRITADO é indiferente quem manda no PS, sobretudo quando, em matéria substancial, são iguaizinhos. As diferenças são circunstanciais, ridículas e patéticas. Um e outro têm os mesmos “remédios” para os nossos males: parole, parole, parole. A Oeste nada de novo, dizia o escritor. No PS nada de novo, nem a Oeste, nem a Leste, nem a Norte nem a Sul. A mesma porcaria por todos os lados.
Minto. Ambos os lados piscam o olho ao PC. Será mais uma mentira? Talvez. Mas não há dúvida que devemos ficar ansiosos por ver o Carlos a ministro da defesa e o xarroco nos negócios estrangeiros.
17.6.14
António Borges de Carvalho