DA “PROTECÇÃO” DO TRABALHADOR
Em mais uma brilhante iniciativa do BE, do PC e do PS, leia-se da geringonça, foram feitas umas contas sobre os benefícios fiscais concedidos às empresas pela criação de postos de trabalho sem prazo.
Segundo os números publicados pelos diversos grupos de trabalho que, sob a alta direcção da esquerdoida Mortágua - a quem o PS obedece como um lulu -, andaram a tratar do assunto, em 2015, as dez empresas que mais utilizaram tal facilidade empregaram cerca de 1.700 pessoas. De 2015 e 2016 não foram publicados elementos, mas foi-o que o número de novos trabalhadores subiu. Nesta ordem de ideias, é de estimar que o sistema ajudou a criar uns 6.000 postos de trabalho sem prazo em três anos.
Mas, no superior entendimento da esquerda, o dinheiro assim poupado às empresas foi muito e não produziu resultados que se vissem. Não direi o contrário, até pode ser que seja verdade. O que há a perguntar é onde vai parar a patacoada do “fim da precariedade”, a política do imobilismo no trabalho, a “protecção dos trabalhadores”. É que, com o argumento da poupança para o Estado, esta gente empurra as empresas para reforçar... os negregados contratos a prazo.
É claro que o argumento verdadeiro nada tem a ver, como é evidente, com os trabalhadores, mas sim com a progressiva perseguição às actividades económicas e ao “grande capital” que anima as hostes da dona Mortágua, Costa incluído. Em vez de baixar o IRC, condição sine qua non para melhorar a economia, a geringonça arranja ínvios caminhos para o aumentar, mesmo que tal contrarie as suas apregoadas intenções “sociais”. É política da pura, bolchevismo em marcha com o apoio dos antigos democratas do PS.
28.6.18