DA REALEZA REPUBLICANA
Já lá vão muitos anos, o ido grande republicano e alto maçon Raul Rego, quando quis tecer o que achava ser o maior elogio possível ao seu camarada Mário Soares, saíu-se com esta: Mário Soares parece um Rei!
Hoje mesmo, o camarada (dele) Manuel Alegre, numa das suas tiradas poético-bombásticas, lançou a mais alta loa que conhece ao falecido Almeida Santos: era um príncipe!
O IRRITADO, velho talassa, ao elogiar um Rei ou um príncipe, jamais dele diria que parece um presidente ou um Almeida Santos. Uma injustiça, meus senhores, um preconceito contra a excelência inata, congénita, irrecusável, dos presidentes das repúblicas e dos Almeida Santos deste mundo.
Sem dizer - ó heresia! - que Raul Rego foi monárquico, ou que Manuel Alegre o é, não deixa, no entanto, de registar com satisfação o reconhecimento da superioridade da monarquia, tão claramente expressa em claríssimos sinais vindos do mais profundo da alma de dois dos seus confessos inimigos.
20.1.16