DAS BOCAS DO ARMÉNIO
O “Público” (recauchutado mas pouco) dedica hoje quatro ou cinco páginas a essa grada figura, imperador absoluto da CGTP, agitador de eleição, vigoroso condotieri, figura impar do sovietismo, a quem a República, devota, ouve e presta vassalagem, Arménio de seu nome.
Como é sabido, a criatura representa cerca de 2,7% dos assalariados, os mais deles pendurados no Estado. Nesta conformidade, e com evidente lógica, o referido Estado confere-lhe a representatividade de milhões de pessoas que jamais foram por ele representadas. Uma questão de "democracia participativa", não é?
Pois o nosso homem vem, no tal “Público”, tecer as mais rasgadas loas à geringonça e deixar pelo meio, de acordo com o Comité Central, uma série de exigências, todas elas computadas em muitos, muitos milhões, sem dizer onde é que os vai arranjar.
O que vale, para nosso descanso, é que, em coerência com o “pensamento” do artista, a CGTP não deixará de financiar a cratera. Está mesmo a ver-se, não está?
7.11.16