DE PERNAS PARA O AR
Uma tal “entidade reguladora”, com grande aplauso do socialismo – representado, para um efeito, por um senhor professor denominado Seklarides ou coisa do género – chegou, após aprofundados estudos, à conclusão de que é preciso acabar com a presença de privados nos hospitais públicos.
A “entidade” em causa mandou para os jornais uns esquemas que, vistos, têm os seguintes resultados estatísticos (média):
- Casos resolvidos (internamento): SNS – 73%; Privados – 75%,
- Casos resolvidos (cirurgia): SNS – 78%; Privados – 84%,
- Reinternamentos (30 dias): SNS – 8,1%; Privados – 6,7%,
- Primeira consulta atempada: SNS – 68%; Privados – 55%.
É a partir destes dados, todos (à excepção do último) favoráveis aos privados, que a “entidade” parte para a brilhante conclusão acima referida.
Assim se vai impondo a ideologia da geringonça, tendo como único critério o do “serviço público” como propriedade exclusiva do Estado e pasto da degenerescência sindical.
Falta apresentar as contas. Dessas não se fala. Para a geringonça, saber qual a melhor relação custos/benefícios é pormenor; importante é que as tipas da bloca e o PC/Arménio estejam contentes.
De qualquer maneira, se as contas fossem favoráveis aos privados, haveria sempre maneira de concluir de pernas para o ar.
Ao contrário do futebol, os prognósticos da geringonça fazem-se antes do jogo, e acertam sempre. Um prodígio.
11.6.16