DEFENDER O INDEFENSÁVEL
É conhecida a tendência suicida de Rui Rio, apostado em apoiar o governo quando há cada dia mais razões para o atacar, e atacar a sério e com coisas sérias. O homem, cheio de “preocupações com o país”, não faz outra coisa que não seja propôr-se apoiar o governo, como se a política do governo tivesse alguma coisa a ver com o proclamado “interesse nacional”. Afinal, para que serve ser líder da oposição? Para ter as mesmas ideias da situação? Apetece dizer que a alternativa à filiação do BE no PS (manobra em curso) é o PSD de Rui Rio. Talvez o P.N.Santos e o Galamba se oponham à ideia, mas parece que o Costa não irá contra.
Não fica por aí. Poderia dizer-se que a subida da dona Elina Marlene à cadeira de vice-presidente era um perdoável erro de casting. Mas não é. O senhor Rio não se fecha em copas sobre o assunto. Manda o secretário geral tomar a defesa da dita indivídua, como se a sua acção pública não fosse de permanente traição ao PSD, das maiores tropelias na Ordem dos Advogados e do seu alinhamento com o inacreditável Marinho Pinto e o seu moribundo partideco. Foi o que se ouviu ontem no Parlamento. Para vergonha do PSD e de todos nós.
Não me canso de perguntar o que levou à escolha de tal criatura para tão alta posição no partido. Desconfio, e muito, que há razões ocultas e inconfessáveis. Ponho desde já de lado qualquer outra hipótese.
18.6.18