DEGUSTAÇÃO
Em eufórica discursata de Natal dirigida ao pessoal de serviço em Bruxelas em particular e ao povo português em geral, o nosso admirável dirigente conhecido como primeiro-ministro declarou, de alma cheia de satisfação e orgulho pátrio, que “este ano foi particularmente saboroso para Portugal”.
Corações ao alto, ó portugueses! O fantástico dirigente que temos acha saborosíssimos os cadáveres dos incêndios, um manjar as tralhas desaparecidas na tropa, um maná as rendas das eólicas, deve dar três estrelas Michelin às patadas na poça dos seus ministros, ao aumento do IRC e das contribuições para a segurança social, às "0raríssimas" trapalhadas do Silva e do Morgado, enfim, a um mar de condutos da melhor qualidade, a encher de prazer o intestino da criatura.
Coisas tão saborosas, só para gente da alta, não é?
14.12.17