DIPLOBARDIA
Toda a gente sabe que o dr. Machete foi uma triste escolha de Passos Coelho. “Toda a gente” não é uma forma de expressão, é mesmo toda a gente.
A história do tipo da greve da fome em Luanda é sintomática, ainda por cima sendo o homem também cidadão português. Ora o ilustre governante tem a lata de dizer que não tem nada com o assunto, porque o grevista está em Angola, sujeito à respectiva lei, não à nossa.
Para além da questão de política interna – fornecer parangonas ao folclore da esquerda – há a, mais importante, responsabilidade pela eventual morte do fulano, que não deixará de ser alegada e assacada, com fanfarra e charamelas, a quem não terá mexido palha que se visse a este respeito. Não colhe o facto de haver muitos portugueses a trabalhar na ditadura do MPLA, até porque, em contrapartida, os angolanos têm, via Santos (Isabel e Eduardo dos ditos) enormes interesses cá no sítio. É a desculpa do costume, que contribuiu, por exemplo, para a entrega de centenas de milhar de portugueses e de uma data de empresas às mãos do Chávez/Maduro, levada a cabo pelo 44/33. O tal Machete já devia, pelo menos, ter chamado o embaixador de Angola às Necessidades, pedido ao PR que fizesse uma chamada ao colega Eduardo, ou outra coisa qualquer que mostrasse interesse pelo facto.
Diplomacia é diplomacia, mas não se deve confundir com cobardia.
20.10.15