DIPLOMACIAS
É conhecido e reconhecido que há, nos serviços diplomáticos, uma tendência, ainda que pouco generalizada, para albergar deficientes sexuais. Normalmente, trata-se de gente discreta e bem educada. Tudo bem, segundo a tradição e, ainda mais, segundo o que é moderno, bem visto e até admirado.
Posto isto, pergunto: quanto custará , em Bangcoque, alugar um salão de luxo para receber 150 convidados? Seja quanto for, é muita massa. E pergunto mais: servem as instalações das embaixadas de Portugal para dar festas privadas com as quais o Estado nada tem a ver? Não me parece.
Posto isto, verifica-se que o Exmº Embaixador de Portugal na Tailândia resolveu casar-se com outro deficiente sexual e que sesolveu dar uma luzida festança... na embaixada do país que representa. Verifica-se também que a “cerimónia” e o copo de água foram fotografados, o que é natural, e que a reportagem cobriu duas páginas de um jornal português.
Aposto que, se se tratasse do casamento de um homem e de uma mulher, não faltariam protestos pela utilização abusiva das instalações. Tratando-se de quem se tratava, ninguém piou, o que prova a sobranceira importância dos portadores deste tipo de deficiência.
Pior, poderá até pôr-se a questão de saber se o Ministério do trauliteiro S. Silva autorizou a coisa, o que, a ser verdade, mais acentuaria, com chancela oficial, os privilégios da dita classe.
Pois é.
5.2.18