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irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

irritado (blog de António Borges de Carvalho).

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA. Winston Churchill

DO NEO-NACIONALISMO BANCÁRIO, OU BACOCO

Uma nova e vasta coligação se acastela no horizonte, qual hino à nacional estupidez. Os seus membros, PC, BE, PS, CDS e PR, são de peso.

Em relação aos dois primeiros (PC e BE), a explicação é fácil: alinham com a patacoada radical europeia, do Podemos ao Syriza, da Marine Le Pen ao camarada Corbin ou ao incrível Orban, extrema direita e extrema esquerda unidas no mais acendrado neo-nacionalismo.

O terceiro (PS) virou de bordo, ou por necessidade de manter quietos os neo-amigos, ou por neo-opção ideológica - uma espécie de socialismo-nacional.

O quarto (CDS) será vítima de alguma neo-ideia dessa alta neo-dirigente, especialista em patacoadas, dona Assumpção.

O último (PR), vá lá saber-se porque alinha no préstito, já que todas as hipóteses possíveis de adiantar provocariam comentários de descasca pessegueiro. Respeite-se o cargo.

Todos estão unidos nessa gesta de exaltação nacionalista que consiste em não deixar que os espanhóis comprem bancos cá no sítio. Se se tratasse de gente séria, como os angolanos ou os chineses, tudo bem. Mas espanhóis? Então, e o 1º de Dezembro? E Aljubarrota? O pátrio peito sofre, na sua dignidade e na sua honra, Camões estremece no sarcófago, Cabral vai aos arames, há que ressuscitar os conjurados e defenestrar os miguéis de vascocelos que por aí pululam!

Além disso, aponte-se os factos, certamente mui queridos da neo-coligação. A banca nacional tem dado exemplos de boa gestão, de criação de riqueza, de intocável honestidade, de rentável eficácia, como está patente nos maravilhosos casos do BPP, do BPN, do BES, do Banif, etc., isto sem contar com esse lindo exemplo que a CGD corporiza, a dar lições ao mundo da finança e da economia com a sua estabilidade, independência e indesmentível sucesso. Do outro lado, como é sabido, a deletéria influência dos bancos em que os espanhóis estão envolvidos, o Totta, o La Caixa, o BBVA, o Popular... só nos dão problemas, não é?

Uma coisa é certa e sabida. Para “voos” que permitam estabilizar a banca, simplesmente, não há dinheiro português. Há muitos anos que se deu cabo dele, do dinheiro a sério, que por aí houve. Não vale a pena dizer como, que toda a gente sabe.

Também toda a gente sabe que não é agradável ver o controle da banca passar para mãos estrangeiras. Pode até perceber-se que não seja de boa política que os espanhóis venham a ter a fatia de leão. Mas, francamente, preferir os angolanos e os chineses...

Daqui que, se houvesse alguma preocupação digna desse nome que fosse um bocadinho além do primarismo nacionalista, e se o chamado governo e seus acólitos quisessem evitar a concentração em mãos “ibéricas”, estariam, discretamente, a procurar parceiros que considerassem mais aceitáveis, a fim de os motivar a entrar numa corrida onde, diga-se a verdade, o governo não deve, ou não devia, entrar. Uma boa actividade para uma diplomacia financeira. Em vez disso, preferem irritar os espanhóis, o que é de uma incompetência atroz, para não dizer de uma colossal estupidez.  

 

21.3.16

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