DO NOJO
Enquanto os franceses lamentavam os assassinatos islâmicos dos Campos Elíseos, enquanto os candidatos presidencias franceses recolhiam a penates e, manifestado o horror, suspendiam a campanha, a dona Marisa Le Pen, perdão, Matias, cantava, aos pulinhos de júbilo, a “Grândola vila morena” lado a lado com o castelhano do rabo de cavalo e o Porcalhon, diante de um rassemblement de comunagem e fascistagem eufórico de esfusiante alegria.
Esta nossa tão repugnante quão melíflua palhaça dava assim aos tugas a imagem clara do que é e do que representa, ou seja, do repúdio da democracia, do direito e da liberdade.
As nossas televisões, cheias de repenicada satisfação, relatavam a coisa com orgulho e prestimosa colaboração, em frenética demonstração do geringoncial embiente em que vivemos.
Pode haver quem ache bem. O IRRITADO deixa aqui registado o seu nojo, antes que lhe tirem o direito de o fazer.
21.4.17