ESTAMOS FRITOS!
Olhem para os jornais, vejam as figuras, ou os figurões do congresso do PS, e digam-me se não estamos a caminho da maior desgraça política das nossas três repúblicas. A primeira foi o que foi, a miséria, a guerra, a violenta bagunça das bombas e dos assassínios, a instabilidade permanente, as prisões políticas, a desgraça total. A segunda foi o que se sabe, a paz a troco da liberdade (se compararmos a primeira com a segunda, esta foi menos violenta) a polícia política, a censura, os presos, a tortura institucionalizada...
E esta? Passados os tempos do PREC (cujos restos ainda andam por aí), entrámos em relativa normalidade e até, nalguns períodos, andámos para a frente. O socialismo, leia-se, o PS, em várias ocasiões e sob vários chefes, foi provocando a marcha atrás das bancas rotas, da mão estendida e da paralisia “social”. E continua às arrecuas na sua auto-estrada, desta feita absorvendo o que há de politicamente pior na nossa sociedade, os partidos à sua esquerda. A direita, essa, caiu nas mãos de um incapaz, destruindo a alternativa que tantas vezes nos tirou do abismo.
Estamos nisto. Olhem outra vez para os jornais. O presente é o que é, já sabemos: um sôfrego de poder, propagandista barato, espertalhão, vai continuar o caminho para um novo abismo, de braço dado com o cadáver adiado do PC e com a infrene demagogia da esquerda caviar. De tal maneira que os portugueses, apagados, infelizes - não sem razão -, se desinteressam, alheados do seu próprio futuro e do dos seus filhos e netos.
Olhem o que o futuro, incarnado nos desejos da “informação”, nos reserva, ou seja, o que nos reserva o leque de opções para daqui a poucos anos na chefia da tenebrosa organização socialista:
- uma rapariguinha sem qualquer sombra de estaleca, serventuária fiel do espertalhão e da esquerda mais primária;
- uma aparatchique papagueadora de slogans, absolutamente incapaz de passar disso;
- um esquerdista ultramontano, indigente cérebral;
- um burocrata “falinhas”, politicamente irresponsável.
No fundo, qualquer deles se propõe garantir o que Marcelo Caetano definiu como “evolução na continuidade”. No caso, mais continuidade que evolução.
“A Oeste nada de novo”, a Leste também, a Norte e Sul a mesma coisa. Pior que nada.
28.8.21