ESTATUÁRIA
Não faltam mamarrachos por este país fora. Muitos deles, espalhados pelo país, estarão sujeitos ao nojo de uns e à admiração de outros.
Há uma data de anos, era o IRRITADO deputado independente (lista do PSD) na assembleia municipal de Lisboa, fez uma intervenção sobre o cutileiral falo que sobre nós mija no alto do Parque Eduardo VII. A oposição, em bloco, chamou-lhe os piores nomes. Aquilo era um símbolo da liberdade(?), da democracia(?), do bom gosto(!), o orador não passava de um protofascista encapotado, inimigo da cultura e digno de outros mimos ainda hoje desgraçadamente em voga. Os que não eram da oposição fizeram um sorriso amarelo... coitado, este gajo é parvo. Rabo entre as pernas, o IRRITADO não falou mais no assunto.
Com a vinda do Papa houve uma polémica dos diabos por causa do hediondo mamarracho. Tira-se, põe-se, não sei no que acabou, mas parece que vamos continuar com aquela coisa a ofender o local mais nobre da cidade.
Eis senão quando, mais de vinte anos depois do discurso do IRRITADO, dona Clara Ferreira Alves, numa das suas diatribes semanais, se mostrou, ó espanto, ofendida com a coisa, tecendo-lhe considerações quiçá mais violentas e certamente mais talentosas que as dele.
Aqui fica uma saudação à coragem da senhora, na esperança que não venha a ser objecto dos adjectivos a que este escrevinhador a seu tempo foi sujeito.
Bem não ficaria se não aproveitasse para elogiar o antipático presidente do Porto pela sua justa revolta contra a porcaria com a qual a cidade “homenageia” Camilo. Fascista, pelo menos, será o que a esquerda lhe vai chamar, ou já chamou.
18.9.23