ESTOU A REFLECTIR
Estas eleições, ditas europeias, têm, para o IRRITADO, uma interessante característica. É que, desde tempos imemoriais, nunca tive hesitações sobre em quem votar. Desta vez, tenho.
Olhando os candidatos e as circunstâncias, que decisão tomar? Feita cuidada selecção, deitei fora uma data deles, e cheguei a três: Arroja, Sande e Rangel. E agora? Agora, não sei que fazer.
Se votar de acordo com o que penso, voto Arroja, voto na coragem da arrojar com o politicamente correcto, de assumir a tão amaldiçoada ideologia liberal, a crença na liberdade propriamente dita.
Se achar que devo privilegiar a “sabedoria europeia”, voto Sande. Além de não ser socialista, Sande conhece por dentro a máquina de Bruxelas, seus defeitos e virtudes, as hipóteses de melhorar o sistema numa perspectiva de direita. E, diz-me o mindinho, aproveitou esta oportunidade para se livrar do senhor de Belém, o que muito o honra.
Se votar em quem tenha garantida a eleição, voto Rangel. O tipo é bom, tem prestígio europeu, sabe o que quer, puxa bem os cordelinhos da política. É claro que esse voto tem o terrível defeito de poder “ajudar” o Rio, desgraça em figura humana que se abateu sobre nós.
A outra solução será borrifar nas eleições, coisa que está fora dos meus hábitos.
Não peço ajuda, porque estou “em reflexão”.
Votem bem. Votem contra a mentira, o oportunismo, a moral republicaba em versão geringoncial. Contra o populismo que temos, todo ele de esquerda, e de toda a esquerda.
25.5.19