EVITAR O INFERNO
O Oco veio esclarecer o povo sobre uma coisa que todo o povo já sabia: acordos sim, mas quando o PS ganhar as legislativas.
Ou seja, àqueles que acham bem que venha a haver um acordo de regime, o idiota informa: primeiro, votem em mim, depois eu vou fazer acordos com o PSD e com o CDS. Ou seja, meus amigos, os acordos não são coisas precisas para o futuro do país, são uma bengalinha para que eu possa ser primeiro-ministro!
Para além de oco, vazio, sem uma ideia nova, sem uma solução seja para o que for, rodeado de malfeitores políticos, e não só, de Silva Pereira a Jorge Coelho, sem ser capaz de pôr nos varais a canalha socrapífia, perito em baratíssimas demagogias, repetindo as mesmas patacoadas, prometendo o imprometível, garantindo ser capaz de fazer o infazível, cego ao que tem acontecido ao socialismo europeu, de Hollande àquele alemão que quer o lugar do Barroso, este zero à esquerda lança o seu repto, tão estúpido quanto o dono: se quiserem conversa, só comigo a mandar.
O IRRITADO, que suspeita, ou tem a certeza que acordos seja de quem for com o PS serão sempre indesejáveis – ninguém, com recta intenção ou seriedade mental poderá correr o risco de acordar seja o que for com tal gente – chama desde já a atenção daqueles pêpêdês que, se perderem as eleições, têm a ilusão “patriótica” de vir a partilhar o poder com o PS: metem-se numa camisa de onze varas, uma vez que serão submetidos à pior da ditaduras, a da estupidez, e acabarão por colaborar no inglório enterro que nos espera se gente da laia do Oco chegar ao governo. Portanto, deixem os acordos para o CDS, se for caso disso. E guardem-se para quando for preciso.
O país, esse, tem tempo para pensar a fim de, em 2015, evitar a mais horrífica das hipóteses: um governo do Oco.
2.5.14
António Borges de Carvalho