FERRUGEM
Julgo que a propósito dos malefícios das claques do Sporting e do tenebroso Bruno, temos visto inúmeras reportagens sobre as entradas e as saídas do Tribunal do Monsanto, com entrevistas, pareceres, testemunhos, etc., à porta do dito. Como o assunto me interessa tanto como o plantio de cebolas em Tegucicalpa, o meu bestunto não se ocupou nem um segundo com estas especiosas matérias.
O que me traz é o aspecto da entrada do tribunal: uma parede de lata num estado miserável, cheia de ferrugem. Não deve haver, no tal Tribunal, uma alma caridosa que pegue numa trincha e trate de dignificar a instituição. Tenho a certeza de que, se se fizer a pergunta, os gestores das instalações dirão que há “falta de verba”, que não há “auxiliares operacionais”, que “o Centeno cativou as rubricas da tinta e das brochas”, etc..
Talvez seja um inferência injusta, mas a ferrugem da vedação dá uma imagem fiel do estado geral da nossa justiça, sem “manutenção” nem brio.
10.2.20