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A operação que se ocupa duns tostões que um procurador terá recebido de um importantão qualquer com base em Luanda a fim de ajudar a arquivar umas chatices que o senhor teria por aí, conheceu novos e surpreendentes desenvolvimentos.
Um pouco de história. Descoberta a eventual marosca, os tipos de Angola desataram aos gritos, que os tipos de cá não podiam julgar o de lá, os tipos de cá disseram o que não deviam sobre a justiça no citado PALOP, a coisa ficou feia, o ministro Machete foi a Luanda por-se de rastos, etc.. Depois, o novo Presidente lá do sítio empinou-se, ameaçou, e, após não sei quantas hesitações e tergiversações, o problema do importantão foi exportado em boa ordem, as coisas voltaram à mormalidade possível, tudo outra vez aos beijinhos e aos abraços.
No doce remanso da Pátria amada, o nosso procurador foi julgado. Tudo na maior. Só faltava ler a sentença. Mas, eis senão quando, tal leitura foi adiada com o argumento de que tinham sido juntos ao processo novos dados ou novas provas, não se sabe quais nem porquê. O Tribunal aceitou-as, e pronto. Diz-se que estas novidades são, umas a favor outras contra os interesse do réu, e que vão alterar a acusação.
Se a sentença estava pronta a ser divulgada, o caso estava, na instância, julgado. Isto pensariam os néscios, como o IRRITADO. Perante uma alteração da acusação, que haveria a fazer? Dir-se-ia que ou reabrir o processo ou repetir o julgamento. Mas não. O que se fez foi adiar a sentença. Ou seja, vai ler-se uma sentença sobre factos que não foram apreciados em juízo!
Talvez tudo isto esteja certo, mas não deixa de cheirar a bananas.
10.10.18