FOGE CÃO, QUE NINGUÉM TE FAZ BARÃO
Num jornal qualquer apareceu escrito que o camarada Costa, tido por legítimo primeiro-ministro de Portugal, estava na corrida para substituir o senhor Tusk como presidente do conselho europeu. Muitas almas, nesta aldeia, reagiram a tal notícia, umas com júbilo (é o meu caso, vê-lo fora daqui seria um descanso), outras com acrescida inquietação sobre o futuro da Europa. Haverá também aqueles, membros da filarmónica dos idiotas, que se sentiram orgulhosos por ver tal figura com hipóteses de subir tão alto.
Estas coisas não acontecem por acaso. Se a notícia apareceu é de presumir que alguma diligência terá sido feita para sondar as chances de tal promoção. O resultado terá sido negativo, isto é, entre quem manda nessas coisas o pânico deve ter sido avassalador. A Europa anda mal, mas não tão mal que se sujeitasse a ser presidida por tal pessoa. O homem é bom para enganar a plebe cá da terrinha, mas, que diabo, há que poupar os outros à nossa triste sorte.
O camarada Costa deve ter sido informado disto, quer dizer, que não tinha “eleitorado” para alimentar ilusões. Daí, fugiu a qualquer maluquice do género. Bom contador de news, voltou atrás com o rabinho entre as pernas e narrou, “patrioticamente”, que não é, nem foi, candidato a nada. É mentira mas fica bem. O seu já designado sucessor, camarada Pedro N. Santos, terá que esperar mais uns tempos, para tristeza das esquerdoidas e do Jerónimo, que sonham com o dia em que verão o Costa ser substituído por outro ainda pior.
Verdade é que o diabo não apareceu. Já cá estava, e bem instalado. O problema é nosso, não há quem o queira ver exportado.
10.5.19