FUTEBOL E LÍNGUAS
Como é evidente, há coisas que nos irritam mais que outras. Às vezes não serão, em si, muito irritantes mas, quando passam a vida a repetir-se, fazem fervilhar os genes da fúria.
Tem havido, ao longo dos anos, uma quantidade gigantesca de imigrantes futebolísticos, de um modo geral bem pagos e felizes: suecos, alemães, húngaros, búlgaros, sérvios, e assim por diante. De um modo geral, meses depois, arranham o portugês, havendo muitos que o falam correntemente ao fim de um ano e que aparecem na TV sem precisar de legendas. Não acredito que seja só de ouvido. Esta malta, ou para enriquecer os seus conhecomentos linguísticos, ou por respeito para conosco, deve aprender com quem ensina a língua. É um esforço meritório.
Porém, há excepções. Todas elas espanholas ou de língua castelhana. Somos obrigados a ver com legendas aquele espanhol do FCP, inúmeros jogadores do SLB e de outras agremiações do género. Que saudades do Ericson, do Feher e de tantos outros. Esta malta do castelhano humilha-nos, e nós (a TV, a imprensa, etc.) parece que até gostamos! Então e a Federação, a Liga, os clubes, essa gente da bola não toma providências? Se quiseres mandar as tuas bocas, aprende português! Muitos o fazem. Todos? Quase, se descontarmos os castelhanos ou aparentados. Seguem o exemplo da sinistra Pilar del Rio, que nem o nome do sinistro marido usa, certamente por ser um nome português, e que, com arrogância, desprezo e falta de vergonha, aparece em diversos fora (convidada!!!) fazendo gala do seu castelhano.
Não direi que a aprendizagem da língua devesse ser obrigatória. Mas, que diabo, ao menos que não se desse o microfone a esta malta.
12.11.14
António Borges de Carvalho