GADO
Aqui pelas américas, li a história de um cavalo cujo sémen valia meio milhão por cada égua fecundada. Não sei se é verdade se é mentira. Sei que, entre nós, produtos similares são vendidos, mais baratos, após cuidadosamente extraídos de garanhões, touros cobrição e varrascos de boa qualidade.
Uma mensagem no telemóvel diz-me agora que, na minha terra, se acabou o exclusivo de vacas, éguas e porcas. É justo. Então as alimárias tinham mais direitos que as mulheres? Nem pensar! As nossas ilustres fêmeas passaram, por progressista lei parlamentar, a ser iguaizinhas às vacas, às éguas e às porcas. Aleluia! Portugal projecta-se no concerto das nações como uma das mais avançadas.
Note-se com admiração e orgulho que não é só em termos reprodutivos que a igualdade se processa. É que as vacas e similares não precisam para nada de se casar, ou de ter macho de estimação. Até podem odiar os machos e ser inseminadas na mesma. Porque se havia de descriminar as mulheres? Quais homens, quais maridos, quais namorados, uma seca!
As criancinhas não precisam deles para nada, tal e qual os bezerros/as, os poldros/as e os leitões/oas.
Assim se avança, assim se dá saltos para um mundo mais igual e mais solidário, como soe dizer-se. Também se avança para o fim de uma civilização, mas isso é opinião de vencidos, como o IRRITADO.
13.5.16