GALEGADAS
O chamado primeiro-ministro disse à Nação de que não percebeu nada do discurso do senhor de Belém na sessão do dia 25. Disse-o como piada, é o que pensam as boas almas.
A verdade, porém, é que o homem não percebeu mesmo. E como não é propriamente perito em piadas, coisa para a qual é preciso inteligência e sentido de humor, qualidades em que é parco, o que disse não passou de galegada, talento mais compaginável com a personalidade em apreço.
Não quer isto dizer que o discurso do senhor de Belém viesse a propósito fosse do que fosse. Não vinha. Foi um mero divertimento oratório de Sua Excelência. Escarafunchando um bocadinho, poderá pensar-se que a história dos populismos se referia às arrancadas da Catarina, aos dislates do inexistente PEV, ou às patacoadas do PC. Nesta hipótese, talvez o camarada Costa tivesse ficado ofendido por considerar que se tratou de um ataque aos seus bem-amados sócios e fidelíssimos apoiantes. Dificilmente tal hipótese terá pés para andar. A inteligência do fulano não navega nessas alturas.
29.4.18